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Trauma Desportivo



Epicondilite Lateral

Rev. 10-11-2012



É uma doença que acomete a origem comum dos músculos extensores (extensor radial longo do carpo, extensor radial curto do carpo, extensor comum dos dedos e extensor ulnar do carpo), no epicôndilo lateral do úmero, sendo que, qualquer atividade, recreacional ou laborativa, que cause estresse sobre estes músculos, é passível de causar a patologia. Também denominada de cotovelo de tenista, apesar de muitos pacientes portadores desta patologia não serem jogadores de tênis.

A causa é o repetitivo microtrauma na origem comum dos extensores, dando origem a um processo de cicatrização intratendínio denominado por um autor chamado Nirschl de hiperplasia angiofibroblástica, envolvendo tipicamente a origem do extensor radial curto do carpo, apesar de nos casos mais graves envolver os outros tendões citados acima.
O próprio Nirschl classificou esta patologia em três tipos, de acordo com os aspectos anátomo-patológicos, sinais clínicos e implicações no tratamento. O tipo I é caracterizado por inflamação aguda, dor relacionada à atividade e boa resposta às modificações das atividades e aos antiinflmatórios. O tipo II há invasão parcial angiofibroblástica, dor residual e resposta intermitente ao tratamento conservador, alguns pacientes podendo requerer tratamento cirúrgico. E o tipo III apresentando extensa invasão angiofibroblástica com parcial ou completa ruptura tendinosa, dor noturna e dor intensa nas atividades rotineiras, requerendo tratamento cirúrgico.

O paciente apresenta como sintomas dor na face lateral do cotovelo que aumenta com atividades que requeiram extensão ativa do punho, e evolui para dor no repouso e noturna. Ao exame apresenta dor a palpação da região e ao movimento resistido de extensão do punho.

Importante realizar o diagnóstico diferencial com síndrome do túnel radial, com compressão do ramo interósseo posterior do nervo radial. A dor na extensão do terceiro dedo tipicamente exacerba a dor nesta síndrome. O diagnóstico é eminentemente clínico.

O tratamento inicial é conservador, com modificação da atividade, fisioterapia e medicações antiinflamatórias e uso de órteses, correção do gesto esportivo e da empunhadura em tenistas. Na falha deste tratamento, pode ser indicada a aplilcação de corticosteróides e não havendo resultado em 6 a 12 meses, a intervenção cirúrgica pode ser considerada.


Referências Bibliográficas:

1. Fraturas em Adultos, Rockwood, C.A., 4a. edição.

2. Nirschl RP. Tennis elbow. Orthop Clin North Am. 1973; 4:787-800.



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