É uma doença que acomete a origem comum dos músculos extensores (extensor radial longo do carpo, extensor radial
curto do carpo, extensor comum dos dedos e extensor ulnar do carpo), no epicôndilo lateral do úmero, sendo que,
qualquer atividade, recreacional ou laborativa, que cause estresse sobre estes músculos, é passível de causar a
patologia.
Também denominada de cotovelo de tenista, apesar de muitos pacientes portadores desta patologia não serem jogadores
de tênis.
A causa é o repetitivo microtrauma na origem comum dos extensores, dando origem a um processo de cicatrização intratendínio
denominado por um autor chamado Nirschl de hiperplasia angiofibroblástica, envolvendo tipicamente a origem do extensor
radial curto do carpo, apesar de nos casos mais graves envolver os outros tendões citados acima.
O próprio Nirschl classificou esta patologia em três tipos, de acordo com os aspectos anátomo-patológicos, sinais clínicos
e implicações no tratamento. O tipo I é caracterizado por inflamação aguda, dor relacionada à atividade e boa resposta às
modificações das atividades e aos antiinflmatórios. O tipo II há invasão parcial angiofibroblástica, dor residual e resposta
intermitente ao tratamento conservador, alguns pacientes podendo requerer tratamento cirúrgico. E o tipo III apresentando
extensa invasão angiofibroblástica com parcial ou completa ruptura tendinosa, dor noturna e dor intensa nas atividades
rotineiras, requerendo tratamento cirúrgico.
O paciente apresenta como sintomas dor na face lateral do cotovelo que aumenta com atividades que requeiram extensão ativa
do punho, e evolui para dor no repouso e noturna. Ao exame apresenta dor a palpação da região e ao movimento resistido de
extensão do punho.
Importante realizar o diagnóstico diferencial com síndrome do túnel radial, com compressão do ramo interósseo posterior do
nervo radial. A dor na extensão do terceiro dedo tipicamente exacerba a dor nesta síndrome.
O diagnóstico é eminentemente clínico.
O tratamento inicial é conservador, com modificação da atividade, fisioterapia e medicações antiinflamatórias e uso de
órteses, correção do gesto esportivo e da empunhadura em tenistas. Na falha deste tratamento, pode ser indicada a aplilcação
de corticosteróides e não havendo resultado em 6 a 12 meses, a intervenção cirúrgica pode ser considerada.
Referências Bibliográficas:
1. Fraturas em Adultos, Rockwood, C.A., 4a. edição.
2. Nirschl RP. Tennis elbow. Orthop Clin North Am. 1973; 4:787-800.