Rev. 01-05-2004
É de conhecimento geral que a adoção 
                    de um estilo de vida ativo está associado a uma redução 
                    da incidência de várias doenças crônico-degenerativas 
                    bem como a uma redução da mortalidade cardiovascular 
                    em geral. 
                    Em crianças e adolescentes, um maior nível de 
                    atividade física contribui para o perfil lipídico 
                    e metabólico e reduzir a prevalência de obesidade. 
                    Existe uma associação entre sedentarismo, obesidade 
                    e dislipidemias e as crianças obesas provavelmente 
                    se tornarão adultos obesos.
                    Assim, a criação de um hábito de vida 
                    ativo poderá reduzir a incidência de obesidade 
                    e doenças cardiovasculares na idade adulta, além 
                    de favorecer aumento da massa óssea e redução 
                    do risco de osteoporose, em especial em mulheres na menopausa.
                    As crianças aparentemente saudáveis podem participar 
                    de atividades de baixa e moderada intensidade, lúdicas 
                    e de lazer sem a obrigatoriedade de uma avaliação 
                    pré-participação, desde que as condições 
                    básicas de saúde sejam atendidas antes da atividade.
                    No entanto, quando o objetivo é a participação 
                    competitiva ou atividades de alta intensidade, uma avaliação 
                    médico-funcional mais ampla deve ser realizada, incluindo 
                    avaliação clínica da composição 
                    corporal, testes de potência aeróbica e anaeróbica, 
                    entre outros. 
                    
                    
Prática de Atividade Física
                    O objetivo principal deve ser o de criar o hábito e 
                    o interesse pela atividade física, e não treinar 
                    visando desempenho.
                    Deve-se priorizar a inclusão da atividade física 
                    no cotidiano e valorizar a prática da educação 
                    física escolar, integrando as crianças e não 
                    discriminando os menos aptos. O componente lúdico deve 
                    prevalecer sobre o competitivo quando da prescrição 
                    de atividade física para as crianças.
                    O treinamento muscular deve ser realizado com cargas moderadas 
                    e maior número de repetições, valorizando 
                    o gesto motor, uma vez que este tipo de atividade contribui 
                    para o aumento da força muscular e massa óssea, 
                    utilizando-se de cargas submáximas sob supervisão 
                    profissional adequada.
                    A flexibilidade deve envolver os principais movimentos articulares 
                    e ser realizado de forma lenta até o ponto de ligeiro 
                    desconforto e então mantidos por cerca de 10 a 20 segundos.
                    
Esporte Competitivo
                      A competição desportiva pode trazer benefícios 
                      do ponto de vista educacional e de socialização, 
                      uma vez que proporciona experiências de atividade 
                      em equipe colocando a criança frente a situações 
                      de vitória e derrota, porém o objetivo de 
                      desempenho, principalmente quando há excessivas cobranças 
                      por parte de pais e treinadores, pode trazer conseqüências 
                      indesejáveis, como a aversão à atividade 
                      física.
                    
Fonte: Posicionamento Oficial da Sociedade 
                      Brasileira de Medicina do Esporte: Atividade Física 
                      e Saúde na Infância e Adolescências. 
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