A inserção do reto abdominal no osso pube com 
                    ou sem a contribuição da origem do tendão 
                    adutor longo é o local primário da patologia. 
                    
                    A pubalgia atlética é descrita primariamente 
                    em atletas de alto nível e quase que exclusivamente 
                    no sexo masculino.
                    O mecanismo de lesão envolve hiperextensão repetitiva 
                    do tronco em associação com hiperabdução 
                    da coxa, com tração do periósteo na inserção 
                    do reto abdominal ou na origem do adutor longo na pelve.
                    Alterações rápidas de direção 
                    e o chute são duas atividades que podem desencadear 
                    a pubalgia.
                  
No 
                    exame clínico, encontra-se sensibilidade aumentada 
                    no tubérculo púbico anterior. A dor pode ser 
                    reproduzida pela flexão do quadril, rotação 
                    interna e contração da musculatura abdominal.
                    A chave do diagnóstico é correlacionar a história 
                    e o exame físico, pois em alguns pacientes o exame 
                    físico é conclusivo, já em outros a história 
                    é mais útil.
                    Deve-se fazer o diagnóstico diferencial com outras 
                    patologias, como síndrome do músculo piriforme, 
                    tendinose do ilipsoas, osteíte púbica, câncer 
                    retal, entre outras.
                    Os exames complementares podem estar normais.
                    O tratamento inicial é sempre conservador. Repouso 
                    completo e administração de antiinflamatórios 
                    para aliviar a dor, porém o efeito é usualmente 
                    temporário e os sintomas retornam com as atividades.
                    A fisioterapia é extremamente útil e efetiva 
                    em muitos pacientes e ajuda a resolver os desequilíbrios 
                    musculares do quadril e dos estabilizadores da pelve, com 
                    fortalecimento muscular e alongamentos adequados, seguidos 
                    de exercícios aeróbicos. A fase final inclui 
                    implementação de atividades relacionadas ao 
                    gesto esportivo específico e gradual retorno ao esporte 
                    competitivo.
                    O tratamento cirúrgico é uma opção 
                    na eventual falha do tratamento conservador. 
                  
                    Referências Bibliográficas:
                  
                    1. Fraturas em Adultos, Rockwood, C.A., 4a. edição.
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                    Orthopaedic Sports Medicine. Philadelphia, Pa: Lippincott 
                    Williams and Wilkins; 2000.