A instabilidade do ombro pode ser anterior, posterior, inferior ou multidirecional.
INSTABILIDADE ANTERIOR
A instabilidade anterior do ombro é avaliada pelo teste de apreensão.
Aplica-se uma força direcionada para frente por trás da cabeça do úmero com o braço em abdução e rotação externa.
O resultado obtido resulta em apreensão do paciente devido a sensação de que o ombro se deslocará, causando um reflexo de proteção.
Podemos também efetuar o teste de recolocação, aplicando-se uma força no sentido posterior na cabeça umeral, levando a um sintoma de alívio ao paciente.
INSTABILIDADE POSTERIOR
Já a instabilidade posterior é mais difícil de ser verificada, pois os testes não têm muita sensibilidade e especificidade para a instabilidade.
O teste de apreensão posterior é realizado aplicando-se uma força no sentido posterior sobre a cabeça umeral, com o braço fletido, aduzido e rodado internamente, e quando há instabilidade a cabeça do úmero subluxa na borda posterior da glenóide.
Outro teste é o de circundação, em que o paciente faz movimento ativo do ombro na forma de uma circunferência, partindo da posição fletida e rotação interna para abdução e rotação externa e o examinador palpa a articulação e pode perceber a subluxação.
O teste da gaveta anterior e posterior, o examinador segura a cabeça do úmero e procura deslocá-la em sentido anterior ou posterior, e havendo queixa de dor ou um deslocamento muito maior em relação ao lado contra-lateral pode indicar instabilidade ou frouxidão capsuloligamentar.
INSTABILIDADE INFERIOR
Para avaliar a instabilidade inferior, utilizamos o teste do sulco, realizado com com o atleta na posição sentada com o braço ao lado e abduzido 30 graus. Aplica-se então um força de distrção sobre o úmero e havendo frouxidão capsuloligamentar o paciente referirá dor, desconforto ou apreensão e aparecerá um sulco entre o acrômio e a cabeça umeral.
INSTABILIDADE MULTIDIRECIONAL
Alguns pacientes apresentam instabilidade nas direções anterior e posterior, mas freqüentemente subluxam e não se luxam. Isto pode ser resultado de um ombro doloroso, especialmente se há decréscimo na força do manguito rotador. A dor é freqüentemente o resultado primário de inflamação do manguito rotador, que deveria estabilizar a cabeça umeral durante a atividade. O fortalecimento do manguito rotador é freqüentemente bem sucedido no tratamento.
Referências Bibliográficas:
1. Fraturas em Adultos, Rockwood, C.A., 4a. edição.